No dia primeiro de Novembro realizou-se o Segundo Seminário sobre Pessoas em Situação de Rua: a Intersetorialidade como Desafio, promovido pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social de Novo Hamburgo.
Os principais aspectos abordados no Seminário foram os seguintes:
- Necessidade de políticas que vão ao encontro destas pessoas, através da Busca Ativa, tendo em vista que esta população não vai buscar os seus direitos nos ambientes tradicionais.
- Necessidade de um prefeito que apoie a construção de políticas específicas para as pessoas em situação de rua.
- Resgatar e construir cidadania, amenizando as perdas destas pessoas através da intersetorialidade.
- Necessidade de protagonismo das pessoas em situação de rua.
- Oportunizar a participação através de fóruns e da criação de um Conselho Municipal de Pessoas em Situação de Rua, dando voz e voto aos moradores de rua.
- integração e transversalidade das políticas públicas;
- complementariedade;
- democracia e igualdade;
- participação cidadã;
- orçamento (rubricas específicas);
- indicadores e diagnóstico da situação (produção de conhecimentos);
- desconstrução de estigmas;
- participação na rede;
- trabalhar a autoestima e resgate do plano de vida.
Palestras abordaram inclusão
"No seminário, as palestras focaram-se na intersetorialidade e na inclusão, as maiores dificuldades trazidas com as condições dos moradores de rua, e a relação com as políticas públicas, uma das soluções apresentadas.Não é apenas a assistência social que consegue fazer com que todos tenham moradia digna, é necessário que todos os setores se juntem, ressaltou o palestrante do evento e representante do Movimento Nacional de Moradores de Rua (MNMR), Anderson Lopes. A diretora do Departamento de Direitos Humanos e Cidadania do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, Tâmara Biolo Soares, ainda complementou que a discriminação é um problema que deve ser enfrentado. As relações de poder são inerentes, há uma hierarquia, o que devemos fazer é equalizar estas relações. Temos, também, que empoderar as pessoas em situação de rua e isso só acontece quando damos voz a eles e podemos fazer isso com as políticas públicas, pronunciou. Além dos palestrantes, a mesa oficial foi composta pelo coordenador do Centro de Referência em Direitos Humanos de Novo Hamburgo, Hélio Feltes, pela pró-reitora da Universidade Feevale, Gladis Baptista, e pelo secretário interino da SDS, Hélio Pacheco, que comentou que a ação deve ser feita em trabalho coletivo. Essa população é invisível, mas temos olhar com novos olhos o mundo que nos cerca, completou".
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