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segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Uma Homenagem às Famílias Acolhedoras e à Rede de Proteção às Crianças e Adolescentes

Heróis Invisíveis

Os heróis invisíveis não são heróis anônimos, pois...
Todos têm nome, rosto, história...
Todos fazem parte da sociedade, de uma cultura...
Todos têm compromissos, desejos, ambições...
Todos trabalham silenciosamente e fazem do mundo um lugar melhor.
Os heróis invisíveis são
Pessoas entusiasmadas, cheias de força divina.
Pessoas que confiam, olham nos olhos.
Pessoas que acreditam, fazem acontecer.
Pessoas que não têm medo, caminham com persistência.
Entenderam em profundidade que...
A grandeza do homem está nos pequenos gestos em prol de outros e não de si.
A força da linguagem humana não está nas palavras, mas no coração, nos gestos...
A grandeza da pessoa está na atitude diária de ser aprendiz, companheira...
A força de mudar o mundo está na transformação de si e do meio em que vivem.
Os heróis invisíveis tornam-se visíveis...
Por meio da dedicação sincera, perseverante e amiga.
Por meio da criatividade, do bom humor e do amor sem medida.
Por meio de uma mística que gera vida, supera barreiras, busca soluções.
Por meio do carinho, do testemunho e da solidariedade.
O herói invisível tem uma outra visibilidade...
Não é um herói solitário, mas solidário.
Não busca seus interesses, mas sabe compartilhar.
Não se desespera diante dos problemas, mas confia.
Não se perde nas aparências, mas busca o essencial.
O mundo precisa de heróis invisíveis-visíveis...
Para que a vida seja viva e verdadeira.
Para que um novo mundo floresça e aconteça.
Para que o amor e a esperança tenham rosto.
Para compreender que a justiça merece uma chance e tem lugar.
(Canísio Mayer)
No dia 22 de Novembro foi realizado o Terceiro Encontro com as Famílias Acolhedoras de São Leopoldo, na Antiga Sede da Unisinos,  com a participação das Conselheiras Tutelares Adeli Fernandes e Teresinha,  da equipe técnica do Programa e Loreni de Goes, Diretora da Fundação de Proteção Especial do RS.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Primeira Confraternização do Apadrinhamento Afetivo

O Departamento de Programas e Projetos de Alta Complexidade, da Secretaria Municipal de Assistência , Cidadania e Inclusão Social promoveu, no dia 10 de novembro, o primeiro Encontro de Confraternização do Programa Apadrinhamento Afetivo, a qual  contou com a participação de padrinhos e madrinhas afetivos, afilhados e afilhadas, equipe técnica do Programa Apadrinhamento Afetivo, além de técnicos e funcionários da Fundação Casa Aberta e Casa Caminho Clara Francisco. 

O Encontro  anual de Confraternização do Programa Apadrinhamento Afetivo propiciou momentos saudáveis de lazer, reflexão, integração e fortalecimento de vínculos entre padrinhos/madrinhas afetivas e afilhados(as) de todas as edições do Programa até então realizadas.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Segundo Seminário sobre Pessoas em Situação de Rua

No dia primeiro de Novembro realizou-se o Segundo Seminário sobre Pessoas em Situação de Rua: a Intersetorialidade como Desafio, promovido pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social de Novo Hamburgo.

Os principais aspectos abordados no Seminário foram os seguintes: 

  • Necessidade de políticas que vão ao encontro destas pessoas, através da Busca Ativa, tendo em vista que esta população não vai buscar os seus direitos nos ambientes tradicionais.
  • Necessidade de um prefeito que apoie a construção de políticas específicas para as pessoas em situação de rua.
  • Resgatar e construir cidadania, amenizando as perdas destas pessoas através da intersetorialidade.
  • Necessidade de protagonismo das pessoas em situação de rua.
  • Oportunizar a participação através de fóruns e da criação de um Conselho Municipal de Pessoas em Situação de Rua, dando voz e voto aos moradores de rua.
Também foram comentadas as seguintes diretrizes da Política Nacional para Inclusão Social da População em Situação de Rua:
  1. integração e transversalidade das políticas públicas;
  2. complementariedade;
  3. democracia e igualdade;
  4. participação cidadã;
  5. orçamento (rubricas específicas);
  6. indicadores e diagnóstico da situação (produção de conhecimentos);
  7. desconstrução de estigmas;
  8. participação na rede;
  9. trabalhar a autoestima e resgate do plano de vida.

Palestras abordaram inclusão

"No seminário, as palestras focaram-se na intersetorialidade e na inclusão, as maiores dificuldades trazidas com as condições dos moradores de rua, e a relação com as políticas públicas, uma das soluções apresentadas.Não é apenas a assistência social que consegue fazer com que todos tenham moradia digna, é necessário que todos os setores se juntem, ressaltou o palestrante do evento e representante do Movimento Nacional de Moradores de Rua (MNMR), Anderson Lopes. A diretora do Departamento de Direitos Humanos e Cidadania do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, Tâmara Biolo Soares, ainda complementou que a discriminação é um problema que deve ser enfrentado. As relações de poder são inerentes, há uma hierarquia, o que devemos fazer é equalizar estas relações. Temos, também, que empoderar as pessoas em situação de rua e isso só acontece quando damos voz a eles e podemos fazer isso com as políticas públicas, pronunciou. Além dos palestrantes, a mesa oficial foi composta pelo coordenador do Centro de Referência em Direitos Humanos de Novo Hamburgo, Hélio Feltes, pela pró-reitora da Universidade Feevale, Gladis Baptista, e pelo secretário interino da SDS, Hélio Pacheco, que comentou que a ação deve ser feita em trabalho coletivo. Essa população é invisível, mas temos olhar com novos olhos o mundo que nos cerca, completou". 

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quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Facilitadores em Círculos de Justiça Restaurativa e de Construção de Paz





Desde 2005, o Projeto Justiça para o Século 21 dedica-se a difundir as boas práticas da Justiça Restaurativa (JR), tendo por objetivo pacificar conflitos e violências envolvendo crianças e adolescentes. Trata-se de uma iniciativa interinstitucional articulada pela Escola Superior da Magistratura da AJURIS- Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul, através do seu Núcleo de Justiça Restaurativa.   
O curso de facilitadores em círculos de Justiça Restaurativa e de Construção de Paz foi formatado para profissionais que trabalham com jovens, jovens adultos e suas famílias, dentro dos serviços sociais, na prevenção da violência/ gravidez, educação e programas de desenvolvimento positivo para jovens. Oferece um conjunto de ferramentas flexível que podem ser aplicadas em uma variedade de ambientes e com objetivos variados. Nós acreditamos que qualquer indivíduo responsável e preocupado com as questões acima pode aprender a usar estas práticas de maneira segura, criativa e eficiente.
Os círculos propiciam um ambiente no qual os participantes desenvolvem a consciência emocional e competência emocional e aprendem a praticar a atenção plena. Os usuários aprendem a planejar, criar e facilitar o círculo de construção de paz como um lugar seguro para compartilhar o diálogo.  
O curso ocorreu de 23 a 26 de outubro de 2012, em Porto Alegre na sede da AJURIS, ministrado pela professora Kay Pranis.




terça-feira, 2 de outubro de 2012

I SEMINÁRIO REGIONAL DA REDE DE MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS E EDUCAÇÃO


I SEMINÁRIO REGIONAL DA REDE DE MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS E EDUCAÇÃO
“A educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda.”

                                                                                                                          Paulo Freire


O Primeiro Seminário Regional da Rede de Medidas Socioeducativas e educação ocorreu no Município de São Leopoldo com a apresentação da Rede de São Leopoldo e Novo Hamburgo, a relação que estabelece com a educação  e a inserção dos jovens na comunidade escolar.
Refletimos sobre o processo de formação, que é diferente de processo de punição, e que a sociedade tem que se transformar  para aceitar o diferente, entender o contexto que o jovem está inserido e não olha-lo como uma ilha, pensar uma realidade socioeducativa  tendo como pano de fundo uma sociedade que entenda e acolha este jovem.
O Ministério Público trouxe a realidade dos atos infracionais mais graves como sendo cometidos por jovens  que estão fora da escola, salientando que estamos perdendo tempo em não investirmos nestes adolescentes que estão fora da comunidade escolar.
O tema que a Educação debateu é que não se consegue dar conta de todas as necessidades dos adolescentes inseridos na escola. Problematizou “que necessidades são estas”. A escola tem o papel de acolher e incentivar a permanência do aluno na mesma. Também  evidenciou que a educação integral é o conjunto formado pela educação escolar mais educação na família, que constroem juntos os valores universais, valores de limites, valores de respeito. E a educação não pode ser discutida sozinha, existe a necessidade da família se envolver nos debates, fóruns e seminários.


Na relação entre adolescência e socioeducação, a palestrante Míriam Lemos traz em seus relatos  que o processo de expansão na escola está degradada, por ela não saber lidar com os sujeitos que estavam fora do espaço educacional e o distanciamento destes sujeitos da linguagem escrita. Foi pensada uma expansão do ensino público, mas não foi pensado que os sujeitos se transformam e que os sujeitos de hoje são diferentes aos dos anos anteriores.
Mírian continua a sua reflexão: "Para quem esta escola serve hoje? Para um público que no passado não tinha o direito ao acesso". 
As pesquisas demonstram que dos anos 70 até hoje, o nível de escolarização é crescente,  mas permanecem as mesmas diferenças de gênero e raça. O maior índice de escolarização está no sexo feminino e branco, seguido pelo masculino e branco, em terceiro lugar o gênero feminino negro e o sexo masculino e negro, em último lugar.
Uma das conclusões de Mírian é a de que os jovens brasileiros estão mais próximos do mundo do trabalho do que da escola.
A palestrante  Beatriz Aguinsky problematiza  a socioeducação como não sendo uma transferência entre políticas, que este tema está  relacionado à complexidade das relações, e que toda sanção tem direitos suprimidos. Destacando três desafios:
1º)         Entender  a adolescência em conflito com a lei, que as vezes começa na infância, e a condição atual que nos encontramos, também em conflito com a lei quando não executamos o ECA;
2º)         Superar as simplificações e juízos  apurados de valor e
3º)         Entender o fenômeno da justiça do social.
Beatriz conclui que o ideal seria que  passássemos de uma sociedade punitiva para uma dialógica, defendendo  o diálogo como recurso indispensável no processo de educação, de forma que, todos devem ter direito à fala em uma relação de mútuo respeito.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Seminário Estadual Pró-Convivência Familiar e Comunitária


O Departamento de Programas e Projetos de Alta Complexidade, da Secretaria Municipal de Assistência, Cidadania e Inclusão Social - SACIS -  participou do  Seminário Estadual Pró-Direito à Convivência Familiar e Comunitária: Mobilizando para a Construção dos Planos Municipais e Estadual. O Seminário foi realizado das 08h às 18h, no Auditório do Palácio de Justiça, em Porto Alegre/RS, no dia 18 de setembro. São Leopoldo foi o  município pioneiro na  construção do Plano Municipal de Convivência Familiar e Comunitária.

 Maiores informaçãoies sobre o seminário: http://www.boaspraticasconvfamiliar.org.br/cms/noticias/66-seminario-estadual-pro-direito-a-convivencia-familiar-e-comunitaria.html

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Apadrinhamento Afetivo - 9ª edição/2012

Apadrinhamento Afetivo - Afeto além dos muros institucionais

              No Sistema Nacional de Adoção, o perfil das crianças buscadas pelos futuros pais, de modo geral, é altamente seletivo, preferindo-se crianças de um a três anos de idade. Deste modo, o número de crianças, com idade superior a três anos,  que já estão destituídas do poder familiar e vivem em abrigos é muito grande, por não conseguirem uma colocação familiar. Tais crianças e adolescentes não têm nenhum contato afetivo além daqueles vivenciados nas instituições. Com o intuito de abrandar esta realidade foi instituído em São Leopoldo o Programa Apadrinhamento Afetivo, no qual o padrinho/madrinha (pessoa que não tem interesse em adotar) atua junto a  crianças/adolescentes tornando-se um referencial de vida.

             Foi oportunizado, através da nona edição do Programa Apadrinhamento Afetivo, a onze crianças e adolescentes de nosso município, a ampliação da convivência familiar e comunitária, bem como ter um vínculo duradouro com pessoas (madrinhas e padrinhos afetivos) que se tornarão referência em suas vidas.

Para maiores informações e inscrições para o Programa Apadrinhamento Afetivo ligue para o telefone 3568-7176, Departamento de Programas e Projetos de Alta Complexidade.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Primeira Oficina de Sensibilização do Apadrinhamento Afetivo - 2012

Primeira Oficina de Sensibilização do Apadrinhamento Afetivo - 2012

No dia 15 de agosto ocorreu a primeira Oficina de Sensibilização da 9ª edição do Programa Apadrinhamento Afetivo no Círculo Operário Leopoldence- COL. Contamos com o depoimento de três madrinhas afetivas de edições anteriores e com a presença de vinte e seis pessoas no evento.
Na próxima quarta-feira, dia 22, na Segunda Oficina de Sensibilização, contaremos com a presença da Promotora da Infância e Juventude, Dra. Mara Job Pedro,  e de duas afilhadas que vão partilhar suas experiências.

terça-feira, 31 de julho de 2012

Consolidação do Programa Família Acolhedora


Consolidação do Programa Família Acolhedora:  primeira criança é acolhida

O Programa Família Acolhedora é uma modalidade de atendimento destinado a acolher, em caráter provisório e excepcional, crianças e Adolescentes que, por algum motivo, precisam ser afastadas temporariamente de sua família de origem,  as quais são inseridas no seio de outra família, que é  preparada e acompanhada pela Secretaria Municipal de Assistência, Cidadania e Inclusão Social (SACIS), através da equipe técnica do Departamento de Programas e Projetos de Alta Complexidade..
Esta modalidade de atendimento está em processo de consolidação em São Leopoldo e tem por objetivo a garantia do direito à convivência familiar e comunitária que toda criança e adolescente tem. Atualmente contamos com cinco famílias.
No dia 27 de julho uma das Famílias Acolhedoras  assumiu a responsabilidade por uma criança em medida de proteção, dando-lhe os cuidados protetivos substitutos aos familiares. Todos os membros da família estão envolvidos e comprometidos com o bem-estar da criança e já estão construindo um livro para, futuramente, socializarem esta experiência enriquecedora e, quem sabe, sensibilizar mais pessoas a participarem deste importante programa social, que só existe com a parceria de pessoas de boa vontade para a construção de um mundo melhor.
O Departamento de Programas e Projetos de Alta Complexidade localiza-se na Rua São Joaquim, nº 600, Centro, São Leopoldo, Telefone (51)3568 – 7176. altacomplexidade@saoleopoldo.rs.gov.br  - Blog: altacomplexidadesacis.blogspot.com

São Leopoldo, 31 de julho de 2012

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Alguns apontamentos a partir do curso Políticas de Acessibilidade e Direitos Humanos


Alguns apontamentos a partir do curso Políticas de Acessibilidade e Direitos Humanos
Tatiana Fiori – psicóloga do Lar Municipal São Francisco de Assis

No período de 09 a 12 de julho de 2012, juntamente com mais três colegas de Secretaria, participei do primeiro módulo do curso Políticas de Acessibilidade e Direitos Humanos, o qual está sendo promovido pela Fundação de Articulação e Desenvolvimento de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência e Pessoas com Altas Habilidades no Rio Grande do Sul (Faders).
Na tarde de 12 de julho, o secretário da Justiça e dos Direitos Humanos, Fabiano Pereira, proferiu algumas palavras aos participantes desse curso. Durante sua explanação, contou uma breve “historinha”, mais ou menos assim: havia dois lenhadores que trabalhavam para uma terceira pessoa. Durante um dia de trabalho, um dos lenhadores trabalhou sem parar, enquanto que o outro fez diversas pausas durante o dia de trabalho. Ao final do dia, o patrão foi verificar a produção de cada um dos lenhadores. Para sua surpresa, o lenhador que realizou diversos intervalos havia cortado muito mais lenha do que aquele que havia trabalhado de forma contínua. O patrão questionou o lenhador acerca de como havia conseguido cortar mais lenha do que o colega. A resposta foi que as paradas eram necessárias, pois o serrote precisava ser afiado a fim de que cortasse a madeira.
Dar uma parada no trabalho cotidiano, nas atividades rotineiras, para participar de um curso, de uma palestra, de uma discussão, de uma reunião, de uma capacitação, de uma supervisão: são formas de afiarmos nosso serrote. O conhecimento, a reflexão, as mudanças e ampliação de entendimentos propiciam que nossas intervenções possam ser mais eficazes. Penso que além das possibilidades que esse curso abre no campo das práticas profissionais, também repercute na pessoa como cidadã.
Será que sempre respeitamos as vagas destinadas a pessoas com deficiência e idosos nos shoppings e ruas das cidades? Será que respeitamos os assentos destinados a idosos e pessoas com deficiência nos transportes públicos? Muitos respeitam. Mas outros, não. Alguns até respeitam, mas se sentem incomodados, quem sabe até injustiçados. Aceitar e entender a necessidade de preferência devido a especificidades de uma pessoa não é tarefa fácil, afinal é muito comum pensarmos no EU em primeiro lugar.
De acordo com o Censo de 2010 (IBGE), aproximadamente 24% da população brasileira tem algum tipo de deficiência. Uma questão levantada durante o curso foi: “Onde estão essas pessoas? Estão nos parques, cinemas, shoppings, teatros?”. É muita gente, mas não as encontramos no dia-a-dia. Por quê? Diversas são as explicações para que isso ocorra, então escolho três situações para se pensar.
Há pouco menos de 1 ano, fui pela primeira vez ao Cinema juntamente com pessoas cadeirantes ou que necessitavam utilizar cadeiras de rodas devido à mobilidade reduzida. Não sei precisar se, antes desse dia, eu tinha conhecimento que naquela sala de cinema (a qual eu já havia estado inúmeras vezes) o lugar que eu considerava o pior (a primeira fileira) era o destinado a pessoas em cadeirantes de rodas. Qual lugar simbólico e concreto estão colocadas as pessoas com suas cadeiras de rodas?
Alguém já teve a experiência de visitar o Zoológico de Sapucaia do Sul com pessoas em cadeiras de rodas e idosos? Ao final do passeio, brincávamos que naquele dia não seria necessário irmos à Academia de Ginástica, pois já havíamos “malhado”, ou seja, passamos por um grande esforço físico empurrando as cadeiras de rodas. Os trabalhadores do Zoológico, assim como sua Direção, nos acolheu e nos auxiliou significativamente. Mas e quanto à acessibilidade? Quando essa inexiste, se impossibilita (ou pelo menos se obstaculiza) que algumas pessoas acessem aos bens que deveriam estar realmente disponíveis a todos. Como disse Marcos Rolim, na Conferência de abertura do curso, temos, então, um corpo com limitações e uma sociedade deficiente para inseri-lo. E muitas das pessoas que têm corpos com limitações com os quais trabalho no dia-a-dia querem estar incluídos nos espaços sociais, tanto que, nos dias seguintes a esse passeio, explicitaram o desejo de um novo passeio ao Zôo.
Há algum tempo atrás, questionei um funcionário do Lar São Francisco sobre o porquê determinado idoso era conduzido ao seu quarto logo após a janta (a qual é servida às 17h30). A resposta que me foi dada foi algo assim: mas o que ele vai ficar fazendo, sem enxergar (o senhor em questão é deficiente visual). Como assim? Não existem possibilidades de existência para os cegos? E se ele fosse cadeirante? E se fosse surdo? Também se entenderia como limitações impossibilitadoras de inclusão.
Nessas situações apresentadas, nota-se as dificuldades existentes para a real inclusão das pessoas com deficiências, e também os idosos, à vida social: barreiras físicas, arquitetônicas, barreiras de pensamento... Não se modificam modos de pensar e de agir culturalmente enraizados de forma rápida. Mas proponho que esse breve escrito propicie o início de uma reflexão acerca da Acessibilidade e Direitos Humanos e como nos relacionamos a essa temática.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

SACIS prestigia a apresentação da Escola Chico Xavier


Escola Chico Xavier é apresentada à comunidade


A Secretaria Municipal de Educação e a Trensurb apresentaram à comunidade,no dia 28 de junho, as novas dependências da escola Francisco Cândido Xavier (Chico Xavier), localizada no loteamento Pe. Orestes, na rua 1, nº 799, bairro Santos Dumont. A obra foi uma parceria da prefeitura municipal de São Leopoldo com a Trensurb e atenderá aos moradores que foram deslocados para aquela região por conta da construção da linha do trem até Novo Hamburgo. Executada pela Canadá Engenharia, ela possui uma área construída de 2.851,90 m2, mais uma quadra poliesportiva com iluminação de 513,60m2. A instituição conta com acessibilidade e terá capacidade para 1 mil alunos. Num primeiro momento, até o final do ano letivo, a nova EMEF atenderá a duas turmas de educação infantil, turmas do projeto Seguindo em Frente, oficinas do projeto Mais Educação e oficinas em parceria com a AMEP. Em 2013, a nova escola terá o seu funcionamento integral.
Para a primeira diretora da escola, professora Jussara Dias Bueno, receber uma escola dessa qualidade, é uma grande responsabilidade, principalmente porque ela atenderá uma clientela que necessita de cuidados especiais. "Enquanto a escola estava sendo construída, eu construí a minha vinda para cá", salienta a diretora. Lembra que quando entrou no magistério, a luta era para conseguir merenda para as crianças e um espaço para cozinhar. "Agora, todos tem merenda, e de qualidade, e mais essa maravilha de escola, com tudo o que há de mais moderno. Esta maravilha de escola esta aberta à comunidade. Esperamos que a comunidade se abra para ela", concluí Jussara.
A secretária municipal de Educação, professora Leocádia Inês Schoffen, salienta o quanto a comunidade merece essa escola e o quanto ela será importante para o desenvolvimento do bairro. "Esse investimento, que passou de R$ 4 milhões, deverá ser um espaço que acolhe, que cria e que educa", lembra a secretária. "Senti isso, pois quando as crianças entraram aqui, entrou a vida", disse ela.
Resgate histórico
Para o prefeito Ary Vanazzi, essa belíssima obra, uma das mais modernas escolas do município, representa o resgate histórico de uma dívida social que ainda não foi totalmente paga. Destaca que, nessa região, encontram-se os maiores problemas sociais do município. "Esta escola faz parte de um projeto estratégico para as famílias que antes de virem para cá, moravam em condições precárias", recorda o prefeito. Para ele, a construção dessa escola, mais a João Goulart e a Pe. Orestes, faz parte de um conjunto de ações sociais para esta comunidade. "Muitas coisas infundadas são ditas por ai, mas nunca tiveram a coragem de fazer o que nós fizemos por essa comunidade", concluí .

Programa Família Acolhedora - últimas notícias


Programa Família Acolhedora
                                                                                                                      
São Leopoldo está de parabéns, pois deu um passo a mais na construção da política da promoção e garantia ao direito à convivência familiar e comunitária. No dia 28 de junho foi realizada a segunda Oficina de Formação para Famílias Acolhedoras, tendo como convidada a especialista no Direito da Criança e do Adolescente e Promotora da Infância e Juventude Mara Job Pedro. Agora contamos com cinco famílias preparadas e motivadas a acolher em suas residências, sob guarda temporária, crianças e adolescentes em medida de proteção de acolhimento.
O que estas famílias têm em comum? Estas famílias têm em comum a solidariedade e a sensibilização para a questão social, além do desejo de serem agentes transformadores de duras realidades, podendo assim contribuir para o rompimento do ciclo de abandono e violência (ou de outros fatores que geram a necessidade temporária de proteção fora do ambiente familiar).  Para tanto contam com a parceria da equipe do Programa, a qual é composta por uma coordenadora, uma psicóloga, uma assistente social e uma  agente administrativo, além da parceria de toda a rede de atendimento do município (justiça, saúde, educação, habitação, etc).
Faça você também a diferença na vida de uma criança/adolescente de nosso município. Seja uma Família Acolhedora! Marque uma entrevista pelo fone 3568-7176.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Quebrando a rotina: a Casa de Acolhimento no Parque Imperatriz


Quebrando a rotina: a Casa de Acolhimento no Parque Imperatriz
No dia 10 de Fevereiro de 2012 a Casa de Acolhimento organizou uma confraternização no Parque Imperatriz Leopoldina, a idéia da atividade partiu das próprias crianças e adolescentes e planejada com os educadores da instituição.
O passeio foi um ótimo momento de lazer e de descontração, possibilitando “quebrar” um pouco a rotina da casa de acolhimento. Ao todo, foram nove crianças e adolescentes e cinco educadores revezaram-se para organização do passeio.
A responsabilidade ficou a cargo das crianças e adolescentes na organização dos utensílios para o almoço. A ansiedade era tanta para a atividade que eles esperaram logo cedo com tudo separado para ser levado ao Parque.
Chegando ao local, o galeto foi preparado com a ajuda de todos. O espaço do parque foi aproveitado ao máximo, foi feito a trilha ecológica onde os adolescentes desfrutaram da beleza do lugar, também puderam conhecer a Estação Meteorológica e o rio do parque. A quadra de futebol foi a mais procurada, um ótimo momento de interação, a pracinha também foi utilizada pelos infantos que participaram da confraternização. 
O objetivo da nossa confraternização foi além de oportunizar um momento de lazer, ela também teve como objetivo fortalecer os vínculos afetivos, de pertencimento e de sociabilidade entre todos, pois o Acolhimento institucional é um serviço que busca efetivar a medida de proteção integral às crianças e adolescentes, através do cuidado, da atenção e da educação, pois o evento realizado demonstrou a comunicação, a organização e a participação de todos os sujeitos nas tomadas de decisões, permitindo assim a convivência social.
Contudo, além do comprometimento que as crianças e adolescentes tiveram com a atividade, a razão da felicidade expressada por todos em estarem juntos, foi por compartilharem um dia muito especial, e que com certeza será repetido.






quarta-feira, 2 de maio de 2012

Apadrinhamento Afetivo: construindo novas possibilidades

Apadrinhamento Afetivo

Existe em nossa cidade
crianças e adolescentes
que já passaram por muitas adversidades.
As vezes são órfãos de pais e mães vivos
e estão sendo acolhidos em abrigos.
Necessitam de cuidados, amor e proteção,
pois estão em idade de formação.

Mude esta história.
Você pode ser a diferença na vida de alguém.
Venha ser padrinho ou madrinha
daqueles e daquelas que não tem mais quase ninguém.

Basta o seu querer e tudo mais pode acontecer.
Com um pouco do seu tempo e dedicação
os corações tristes alegres ficarão e
até suas notas na escola melhorarão.

Departamento de Programas e Projetos da Alta Complexidade
Rua São Joaquim, 600 - São Leopoldo/RS - Telefone (51) 3568-7176
e-mail: altacomplexidade@saoleopoldo.rs.gov.br

ABERTURA DA 9º EDIÇÃO DO PROGRAMA APADRINHAMENTO AFETIVO

PROGRAMA APADRINHAMENTO AFETIVO – 9ª EDIÇÃO / 2012


A Secretaria Municipal de Assistência, Cidadania e Inclusão Social está lançando a 9ª edição do Programa Apadrinhamento Afetivo. O Programa Apadrinhamento Afetivo permite que crianças e adolescentes  de nosso Município, que hoje são “filhos do Estado”, que já foram destituídos do poder familiar ou estão em processo de destituição, e estão em acolhimento institucional (abrigos), tenham um vínculo afetivo com alguém (padrinho ou madrinha) que possa ser referência na sua vida.
O vínculo afetivo beneficia o afilhado na construção da auto-estima, na segurança em seus relacionamentos sociais e afetivos; propicia, enfim, um melhor desenvolvimento, pois estão em idade de formação.
Crianças e adolescentes com referenciais afetivos  se tornam adultos felizes. E os adultos que reconhecem a importância desta troca afetiva com seus afilhados garantem o direito à convivência familiar e comunitária destes jovens.
Se você quer dar carinho, atenção a uma criança ou adolescente e  tem disponibilidade de tempo para ir à escola em datas especiais (dias dos pais, das mães, das crianças, Páscoa,etc.), de olhar os cadernos, convidar o/a afilhado/a para almoçar, passear no final de semana, compartilhar as férias, quer ajudar a encaminhar a uma profissão quando chegar a adolescência; então, você tem tudo para ser um bom Padrinho ou Madrinha!
O Padrinho ou a Madrinha Afetivos vão prestar assistência moral, afetiva, física, complementando o trabalho dos acolhimentos institucionais, cumprindo obrigações com as instituições e com o/a afilhado/a. Deve ter bem claro que não se trata de adoção e que o vínculo formado poderá se manter após a desinstitucionalização.

QUAIS SÃO OS CRITÉRIOS PARA PARTICIPAR DO PROGRAMA APADRINHAMENTO  AFETIVO?

·         Idade mínima de 21 anos, respeitando a diferença de 16 anos entre o(a) afilhado(a) e padrinho/madrinha, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente;
·         Inscrever-se na  SACIS (Rua São Joaquim, 600, Centro, São Leopoldo);
·         Apresentar a documentação solicitada;
·         Passar pela entrevista preliminar;
·         Participar das Oficinas de Sensibilização.

  • O telefone para marcar entrevista é o 3568-7176.
  • Faça diferença na vida de uma criança/adolescente de nosso Município. Inscreva-se!

quarta-feira, 28 de março de 2012

Lar São Francisco: em busca da autonomia e qualidade de vida dos idosos

As Festas como possibilitadoras de movimentos e encontros
Tatiana Fiori

Em fevereiro de 2012, houve duas festas no Lar São Francisco. A primeira dessas ocorreu no dia 09, momento no qual foi comemorado o aniversário de sete idosos (aniversariantes de janeiro e fevereiro). Juntamente a essa Festa de Aniversário, também houve a Festa de Despedida de um de nossos idosos, pois esse Sr. retornou ao convívio familiar após, aproximadamente, 30 anos de afastamento.
A outra comemoração aconteceu no dia 29: Festa de Carnaval dos Idosos do Lar. Na realização desse evento, além do trabalho da equipe do Lar, contou-se com o auxilio das integrantes da Associação de Voluntários do Lar (AVOLSFA) e com a participação do grupo musical Vovôs Alegres.
A Festa de Carnaval foi um sucesso, pois além da alegria presente naquele momento, um número expressivo de familiares dos idosos compareceu à confraternização. E mais importante ainda é que esses familiares mostraram-se muito felizes por estarem ali, curtindo a festa junto ao seu idoso, junto com nós todos, naquela tarde de temperaturas escaldantes, mas permeada de carinho, de cuidado, de amor, de realizações.

Realmente fevereiro foi um mês de acontecimentos: grandes, pequenos, mas todos relevantes. Tanto para a 1º Festa, quanto para a 2º, algumas idosas participaram da preparação dos “comes”.
Para a Festa de Aniversários, quatro idosas, juntamente com a psicóloga Tatiana Fiori e com a nutricionista Arlei Carravetta, prepararam o recheio para os minissanduíches que foram servidos aos idosos e trabalhadores do Lar durante a comemoração. E na Festa de Carnaval, também quatro idosas, juntamente com a psicóloga, prepararam uma Mousse de Abacaxi, a qual foi servida aos participantes da festa: idosos, convidados e trabalhadores do Lar.

Em nossa cultura, há um discurso que considera a velhice como uma etapa da vida improdutiva, assim se percebe o idoso como alguém destituído de capacidade de realizar inúmeras atividades. Sem dúvida, o envelhecimento acarreta modificações biopsicossociais e também limitações. Não é necessário negar as dificuldades presentes, todavia isso não pode nos cegar a ponto de não conseguirmos enxergar as capacidades e potencialidades presentes no idoso.
A inclusão dessas idosas na preparação de um dos “comes” a serem servidos nas duas festas ocorridas em fevereiro significa a abertura de um espaço no qual elas puderam se expressar como participantes da Instituição, e não apenas como recebedoras de cuidados diversos. Nesses dois momentos, as idosas foram incorporadas de outro modo à vida institucional. Elas não estavam ali – “cozinhando” – apenas para ocupar seu tempo, mas sim porque se entende que ali há sujeitos com algo a dizer e a fazer.
Neste “cozinhar”, as idosas puderam remeter-se ao passado – época onde cozinhar era algo corriqueiro – e compartilharam suas experiências umas com as outras. Além da rememoração dos tempos vividos, foram auxiliadas a perceberem que mesmo com dificuldades diversas – mãos trêmulas, movimentos mais lentos, diminuição da força, dificuldades visuais – elas ainda conseguem fazer atividades relacionadas ao “cozinhar”.
As idosas participantes desta experiência sentiram-se úteis, orgulhosas pelo seu fazer. A percepção de inutilidade, a qual muitas vezes está presente no discurso de nossos idosos, cedeu lugar ao sentir-se capaz, com utilidade, ou seja, perceber-se como um sujeito com valor, com importância.
É um desafio e uma meta fazermos que esses momentos se consolidem e se multipliquem.


quinta-feira, 1 de março de 2012

Programa Família Acolhedora


         O Programa Família Acolhedora surgiu para evitar a institucionalização de crianças e adolescentes e minimizar o impacto do abandono ou do afastamento do convívio familiar, tendo em vista a garantia do direito à convivência familiar e comunitária.

           Entende-se por Família Acolhedora  toda pessoa ou família inscrita no programa e disposta a receber em sua casa, temporariamente, crianças e adolescentes que necessitam de seu amor, cuidados e proteção... até que seja viabilizado o retorno da criança a  família de origem ou, em último caso, encaminhada para adoção.

            Informamos que São Leopoldo, até o momento, conta com duas famílias acolhedoras, que se encontram cadastradas e preparadas para acolher crianças e adolescentes em medida de proteção; sendo que existem mais três famílias preparando-se para  participar do Programa. Nossa meta é a de que São Leopoldo tenha  dez famílias cadastradas e preparadas.

Faça a diferença na vida de uma criança ou adolescente do nosso município: inscreva-se no Programa Família Acolhedora!
Maiores informações: 3568-7176

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Casa de Acolhimento: festividade de final de ano

A Casa de Acolhimento tem por objetivo executar a medida de proteção acolhimento institucional de crianças e adolescentes que se encontram em situação de rua caracterizada pelo abandono em sua forma mais ampla, apresentando vínculos familiares frágeis e/ou rompidos.


sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Lar Municipal São Francisco: Festividades de Integração de Final de Ano



O Lar São Francisco atende pessoas idosas acima de 60 anos, com vínculos familiares rompidos ou fragilizados, idosos que estão sofrendo violência física ou psicológica, negligenciados ou em situação de rua.














Seminário Convivência Familiar e Comunitária de Crianças e Adolescentes Direitos Humanos e Justiça