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terça-feira, 31 de julho de 2012

Consolidação do Programa Família Acolhedora


Consolidação do Programa Família Acolhedora:  primeira criança é acolhida

O Programa Família Acolhedora é uma modalidade de atendimento destinado a acolher, em caráter provisório e excepcional, crianças e Adolescentes que, por algum motivo, precisam ser afastadas temporariamente de sua família de origem,  as quais são inseridas no seio de outra família, que é  preparada e acompanhada pela Secretaria Municipal de Assistência, Cidadania e Inclusão Social (SACIS), através da equipe técnica do Departamento de Programas e Projetos de Alta Complexidade..
Esta modalidade de atendimento está em processo de consolidação em São Leopoldo e tem por objetivo a garantia do direito à convivência familiar e comunitária que toda criança e adolescente tem. Atualmente contamos com cinco famílias.
No dia 27 de julho uma das Famílias Acolhedoras  assumiu a responsabilidade por uma criança em medida de proteção, dando-lhe os cuidados protetivos substitutos aos familiares. Todos os membros da família estão envolvidos e comprometidos com o bem-estar da criança e já estão construindo um livro para, futuramente, socializarem esta experiência enriquecedora e, quem sabe, sensibilizar mais pessoas a participarem deste importante programa social, que só existe com a parceria de pessoas de boa vontade para a construção de um mundo melhor.
O Departamento de Programas e Projetos de Alta Complexidade localiza-se na Rua São Joaquim, nº 600, Centro, São Leopoldo, Telefone (51)3568 – 7176. altacomplexidade@saoleopoldo.rs.gov.br  - Blog: altacomplexidadesacis.blogspot.com

São Leopoldo, 31 de julho de 2012

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Alguns apontamentos a partir do curso Políticas de Acessibilidade e Direitos Humanos


Alguns apontamentos a partir do curso Políticas de Acessibilidade e Direitos Humanos
Tatiana Fiori – psicóloga do Lar Municipal São Francisco de Assis

No período de 09 a 12 de julho de 2012, juntamente com mais três colegas de Secretaria, participei do primeiro módulo do curso Políticas de Acessibilidade e Direitos Humanos, o qual está sendo promovido pela Fundação de Articulação e Desenvolvimento de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência e Pessoas com Altas Habilidades no Rio Grande do Sul (Faders).
Na tarde de 12 de julho, o secretário da Justiça e dos Direitos Humanos, Fabiano Pereira, proferiu algumas palavras aos participantes desse curso. Durante sua explanação, contou uma breve “historinha”, mais ou menos assim: havia dois lenhadores que trabalhavam para uma terceira pessoa. Durante um dia de trabalho, um dos lenhadores trabalhou sem parar, enquanto que o outro fez diversas pausas durante o dia de trabalho. Ao final do dia, o patrão foi verificar a produção de cada um dos lenhadores. Para sua surpresa, o lenhador que realizou diversos intervalos havia cortado muito mais lenha do que aquele que havia trabalhado de forma contínua. O patrão questionou o lenhador acerca de como havia conseguido cortar mais lenha do que o colega. A resposta foi que as paradas eram necessárias, pois o serrote precisava ser afiado a fim de que cortasse a madeira.
Dar uma parada no trabalho cotidiano, nas atividades rotineiras, para participar de um curso, de uma palestra, de uma discussão, de uma reunião, de uma capacitação, de uma supervisão: são formas de afiarmos nosso serrote. O conhecimento, a reflexão, as mudanças e ampliação de entendimentos propiciam que nossas intervenções possam ser mais eficazes. Penso que além das possibilidades que esse curso abre no campo das práticas profissionais, também repercute na pessoa como cidadã.
Será que sempre respeitamos as vagas destinadas a pessoas com deficiência e idosos nos shoppings e ruas das cidades? Será que respeitamos os assentos destinados a idosos e pessoas com deficiência nos transportes públicos? Muitos respeitam. Mas outros, não. Alguns até respeitam, mas se sentem incomodados, quem sabe até injustiçados. Aceitar e entender a necessidade de preferência devido a especificidades de uma pessoa não é tarefa fácil, afinal é muito comum pensarmos no EU em primeiro lugar.
De acordo com o Censo de 2010 (IBGE), aproximadamente 24% da população brasileira tem algum tipo de deficiência. Uma questão levantada durante o curso foi: “Onde estão essas pessoas? Estão nos parques, cinemas, shoppings, teatros?”. É muita gente, mas não as encontramos no dia-a-dia. Por quê? Diversas são as explicações para que isso ocorra, então escolho três situações para se pensar.
Há pouco menos de 1 ano, fui pela primeira vez ao Cinema juntamente com pessoas cadeirantes ou que necessitavam utilizar cadeiras de rodas devido à mobilidade reduzida. Não sei precisar se, antes desse dia, eu tinha conhecimento que naquela sala de cinema (a qual eu já havia estado inúmeras vezes) o lugar que eu considerava o pior (a primeira fileira) era o destinado a pessoas em cadeirantes de rodas. Qual lugar simbólico e concreto estão colocadas as pessoas com suas cadeiras de rodas?
Alguém já teve a experiência de visitar o Zoológico de Sapucaia do Sul com pessoas em cadeiras de rodas e idosos? Ao final do passeio, brincávamos que naquele dia não seria necessário irmos à Academia de Ginástica, pois já havíamos “malhado”, ou seja, passamos por um grande esforço físico empurrando as cadeiras de rodas. Os trabalhadores do Zoológico, assim como sua Direção, nos acolheu e nos auxiliou significativamente. Mas e quanto à acessibilidade? Quando essa inexiste, se impossibilita (ou pelo menos se obstaculiza) que algumas pessoas acessem aos bens que deveriam estar realmente disponíveis a todos. Como disse Marcos Rolim, na Conferência de abertura do curso, temos, então, um corpo com limitações e uma sociedade deficiente para inseri-lo. E muitas das pessoas que têm corpos com limitações com os quais trabalho no dia-a-dia querem estar incluídos nos espaços sociais, tanto que, nos dias seguintes a esse passeio, explicitaram o desejo de um novo passeio ao Zôo.
Há algum tempo atrás, questionei um funcionário do Lar São Francisco sobre o porquê determinado idoso era conduzido ao seu quarto logo após a janta (a qual é servida às 17h30). A resposta que me foi dada foi algo assim: mas o que ele vai ficar fazendo, sem enxergar (o senhor em questão é deficiente visual). Como assim? Não existem possibilidades de existência para os cegos? E se ele fosse cadeirante? E se fosse surdo? Também se entenderia como limitações impossibilitadoras de inclusão.
Nessas situações apresentadas, nota-se as dificuldades existentes para a real inclusão das pessoas com deficiências, e também os idosos, à vida social: barreiras físicas, arquitetônicas, barreiras de pensamento... Não se modificam modos de pensar e de agir culturalmente enraizados de forma rápida. Mas proponho que esse breve escrito propicie o início de uma reflexão acerca da Acessibilidade e Direitos Humanos e como nos relacionamos a essa temática.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

SACIS prestigia a apresentação da Escola Chico Xavier


Escola Chico Xavier é apresentada à comunidade


A Secretaria Municipal de Educação e a Trensurb apresentaram à comunidade,no dia 28 de junho, as novas dependências da escola Francisco Cândido Xavier (Chico Xavier), localizada no loteamento Pe. Orestes, na rua 1, nº 799, bairro Santos Dumont. A obra foi uma parceria da prefeitura municipal de São Leopoldo com a Trensurb e atenderá aos moradores que foram deslocados para aquela região por conta da construção da linha do trem até Novo Hamburgo. Executada pela Canadá Engenharia, ela possui uma área construída de 2.851,90 m2, mais uma quadra poliesportiva com iluminação de 513,60m2. A instituição conta com acessibilidade e terá capacidade para 1 mil alunos. Num primeiro momento, até o final do ano letivo, a nova EMEF atenderá a duas turmas de educação infantil, turmas do projeto Seguindo em Frente, oficinas do projeto Mais Educação e oficinas em parceria com a AMEP. Em 2013, a nova escola terá o seu funcionamento integral.
Para a primeira diretora da escola, professora Jussara Dias Bueno, receber uma escola dessa qualidade, é uma grande responsabilidade, principalmente porque ela atenderá uma clientela que necessita de cuidados especiais. "Enquanto a escola estava sendo construída, eu construí a minha vinda para cá", salienta a diretora. Lembra que quando entrou no magistério, a luta era para conseguir merenda para as crianças e um espaço para cozinhar. "Agora, todos tem merenda, e de qualidade, e mais essa maravilha de escola, com tudo o que há de mais moderno. Esta maravilha de escola esta aberta à comunidade. Esperamos que a comunidade se abra para ela", concluí Jussara.
A secretária municipal de Educação, professora Leocádia Inês Schoffen, salienta o quanto a comunidade merece essa escola e o quanto ela será importante para o desenvolvimento do bairro. "Esse investimento, que passou de R$ 4 milhões, deverá ser um espaço que acolhe, que cria e que educa", lembra a secretária. "Senti isso, pois quando as crianças entraram aqui, entrou a vida", disse ela.
Resgate histórico
Para o prefeito Ary Vanazzi, essa belíssima obra, uma das mais modernas escolas do município, representa o resgate histórico de uma dívida social que ainda não foi totalmente paga. Destaca que, nessa região, encontram-se os maiores problemas sociais do município. "Esta escola faz parte de um projeto estratégico para as famílias que antes de virem para cá, moravam em condições precárias", recorda o prefeito. Para ele, a construção dessa escola, mais a João Goulart e a Pe. Orestes, faz parte de um conjunto de ações sociais para esta comunidade. "Muitas coisas infundadas são ditas por ai, mas nunca tiveram a coragem de fazer o que nós fizemos por essa comunidade", concluí .

Programa Família Acolhedora - últimas notícias


Programa Família Acolhedora
                                                                                                                      
São Leopoldo está de parabéns, pois deu um passo a mais na construção da política da promoção e garantia ao direito à convivência familiar e comunitária. No dia 28 de junho foi realizada a segunda Oficina de Formação para Famílias Acolhedoras, tendo como convidada a especialista no Direito da Criança e do Adolescente e Promotora da Infância e Juventude Mara Job Pedro. Agora contamos com cinco famílias preparadas e motivadas a acolher em suas residências, sob guarda temporária, crianças e adolescentes em medida de proteção de acolhimento.
O que estas famílias têm em comum? Estas famílias têm em comum a solidariedade e a sensibilização para a questão social, além do desejo de serem agentes transformadores de duras realidades, podendo assim contribuir para o rompimento do ciclo de abandono e violência (ou de outros fatores que geram a necessidade temporária de proteção fora do ambiente familiar).  Para tanto contam com a parceria da equipe do Programa, a qual é composta por uma coordenadora, uma psicóloga, uma assistente social e uma  agente administrativo, além da parceria de toda a rede de atendimento do município (justiça, saúde, educação, habitação, etc).
Faça você também a diferença na vida de uma criança/adolescente de nosso município. Seja uma Família Acolhedora! Marque uma entrevista pelo fone 3568-7176.

Seminário Convivência Familiar e Comunitária de Crianças e Adolescentes Direitos Humanos e Justiça